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sábado, 20 de outubro de 2018

Road trip pelo leste do Canadá - roteiro de 22 dias

Uma coisa era certa: Canadá seria o nosso próximo destino! Mas a dúvida cruel foi escolher entre a parte oeste ou leste do país, mais especificamente, a região de British Columbia ou a região de Ontário e Quebec.
O roteiro inicial foi feito todo para Vancouver e já estávamos com o mapa da cidade na cabeça, com quase tudo certo. Daí o tempo foi passando e decidimos mudar nosso roteiro para a parte leste do país, porque assim seriam mais cidades visitadas numa tacada só: Toronto, Ottawa, Montreal e Quebec, e isso seria bem interessante.

Com o roteiro escolhido, o próximo passo era ter o visto em mãos. Para isso fizemos uso do novo visto eletrônico, em vigor desde maio de 2017 para brasileiros que já possuem visto americano ou visto canadense dentro dos últimos 10 anos. É bem fácil e rápido solicitar o eTA (Eletronic Travel Authorization). É tudo feito online, pelo site do governo canadense e a tarifa é bem pequena. Pagamos CAD 8,00 e no mesmo dia, após uns 15 minutos, já recebemos por e-mail a nossa aprovação. 
É bom enfatizar que o eTA tem algumas peculiaridades como, por exemplo, ser apenas possível para turistas que cheguem por via aérea no país.  
Caso você não esteja dentro dos requisitos ou deseje entrar no país por via terrestre ou marítima, vindo dos EUA, por exemplo, você deverá solicitar o visto padrão de turismo para visitar o Canadá. Para maiores informações clique aqui.

Tudo certo com os vistos, lá fomos nós pesquisar passagens aéreas para o nosso destino. Como a viagem seria feita na baixa temporada, entre os meses de março e abril, os preços estavam bem atrativos. 
Por fim, a Delta foi a escolhida para nos levar até Toronto, que seria a "base" para o início da nossa road trip pelo leste do Canadá. Nosso voo de ida teria uma parada em Atlanta, EUA e o voo de volta teria uma parada em Nova York, EUA.

Só um detalhe que vale a pena comentar: pelo site da Delta os valores aparecem e são cobrados em dólar americano e isso nos fez fechar a compra do voo pela Submarino Viagens, porque teríamos certeza de pagar em real sem surpresas. 
Fica a dica para quem estiver comprando voos da Delta, não vale a pena comprar pelo site oficial, infelizmente, devido a cotação absurda do dólar e todo o IOF do cartão de crédito envolvidos.

Depois foi a vez de buscar por hospedagem, locação de carro e maiores informações das cidades a serem visitadas. Nosso roteiro seria longo, seriam 4 cidades, que no final das contas viraram 6 cidades...Ufa! 

Enquanto pesquisávamos muito, percebemos que as fotos das atrações turísticas das cidades canadenses eram de encher os olhos sim, mas em sua maioria eram registradas durante a época de calor por lá. E nós iríamos no final de inverno, início de primavera. A temperatura pra essa época seria por volta de 5 graus positivos! Ou pelo menos a expectativa era essa! E a gente achando: aaaah moleza!! Bora! Afinal, abril seria primavera, iríamos ver as Cherry Blossoms, cidade colorida e florida, muito parque pra visitar...Uhu! Que maravilha! (#sqn...acompanhem os próximos capítulos! kkkk)
Concluímos a primeira parte: reservas feitas e roteiros planejados. 

O nosso roteiro foi de 22 dias totais pelo leste do Canadá e incluiu visitas às cidades, nesta ordem e quantidade de dias: 
  • Toronto (3 dias)
  • Ottawa (4 dias)
  • Quebec (5 dias) 
  • passagem rápida por Cap-Santé
  • Montreal (4 dias)
  • Kingston (1 dia)
  • retorno à Toronto (5 dias)
De início tínhamos em mente dar uma passada também em Mont-Tremblant, caso nos sobrasse tempo, mas acabou não rolando e vocês vão ler nos próximos posts toda a nossa trajetória.

Já era hora de separar as roupas de frio e fazermos volumosas malas. Sabíamos que o inverno do Canadá, mesmo no seu fim, era de baixas temperaturas. Por isso, olhando nossas singelas roupas de frio brasileiras, julgamos que elas não serviriam para nos aquecer por lá. Então decidimos que nosso primeiro dia em terras canadenses seria de compras! Correríamos para comprar uma senhora jaqueta!

Março chegou e, com ele também, o dia do embarque!
Chegamos no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) para um voo noturno. Ele teve apenas 15 minutos de atraso, a aeronave foi um Airbus A330-300, que faria conexão em Atlanta (ATL) com um tempo de viagem de 9 horas e 55 minutos, e depois seguiria à Toronto (YYZ).
No check-in recebemos um cartãozinho roxo que indicava que nossas malas despachadas seguiriam direto à Toronto e não precisaríamos despachá-la novamente em Atlanta. Achamos uma boa sacada!

Cartão indicando que a nossa bagagem despachada seguiria direto ao destino final sem a necessidade de retirar e despachar novamente na conexão.
Além do mais, recebemos um folheto que orientava como poderíamos rastrear a nossa bagagem e isso também foi muito legal! 
Baixamos o app da Delta e ficamos com o rastreio de nossas malas na palma da mão. A sensação de segurança é bem maior desse jeito.


Baixando o app da Delta você rastreia a sua bagagem facilmente.

Assim que o avião decolou, recebemos um pacotinho com fone de ouvido e máscara para dormir. 
30 minutos depois, os comissários de bordo passaram distribuindo lencinhos umedecidos para limpeza das mãos junto com água mineral. Uma frescurinha super certa, né gente? Nunca tínhamos visto isso, mas é bem higiênico e ponto pra Delta!
Assim foi servido o jantar como de praxe. 

Saladinha, risoni bem temperadinho e um pedaço de frango. Para acompanhar: pão e, tipo, um pavê.
O entretenimento foi bom, o catálogo de filmes disponíveis reunia poucos filmes em lançamento, mas cumpriu a missão que é não ficarmos entediadas em voos longos. Como já sabido, não conseguimos dormir muito bem em voos, por isso ter o que fazer é sempre muito bem vindo.

Logo pela manhã do dia seguinte, antes de chegarmos à Atlanta, foi servido o café da manhã.
A Delta tem parceria com a Starbucks, para quem gosta de tomar o café da franquia sai na faixa rsrsrs


Uma caixinha, um pacote em alumínio e um suquinho para o café da manhã.

A caixinha tinha: salada de frutas, um chocolate, uma barrinha e uma balinha. O pacote de alumínio era um misto quente gostoso.
Chegamos em Atlanta por volta das 07 da manhã e o frio já se mostrava presente. Ficávamos imaginando como seria quando aterrissássemos em terras canadenses, aliás, nem fazíamos ideia do frio de lá, pra falar a verdade. 


Atlanta com início de dia bem nublado.
Passamos pela imigração que nos questionou sobre para onde estávamos seguindo, quantos dias ficaríamos e sobre valores. Foram muitas perguntas para um voo em conexão, mas já sabíamos como isso funciona nos EUA. E daí fomos liberadas para seguir ao portão de embarque no voo para Toronto.

Como é grande esse aeroporto Hartsfield-Jackson, de Atlanta! Não é a toa que é o maior aeroporto do mundo. Lá anda-se de trenzinho para ir de um terminal a outro, mas é tudo muito bem sinalizado e não há como se perder.

Seriam mais ou menos duas horas e meia de conexão, porém o voo teve atraso de mais uma hora. E finalmente, embarcamos à Toronto. 
O tempo de viagem foi de aproximadamente 2 horas e 20 minutos, num Bombardier CRJ 900 (que lembrou muito o Fokker 100, que a TAM possuía em sua antiga frota). O CRJ 900 é bem pequeno, tem duas poltronas de cada lado e um corredor bem estreito, que a cada movimentação trazia aquele discreto esbarrão no ombro.


O nada espaçoso CRJ 900.
Entre esse trecho tivemos um lanchinho singelo:


Snack mix: um salgadinho com vários sabores e suco/água para acompanhar.
Os voos foram tranquilos, apesar do atraso em Atlanta. Chegamos em Toronto por volta do horário de almoço. 

Quando saímos do avião para passar por aquele corredor do finger, sentimos um gelo nas pernas que só estavam protegidas por calças jeans finas. Nós nunca havíamos sentido aquele frio antes. O céu até que estava azul, mas enganava bem.

Céu azul com efeito freezer na nossa chegada em Toronto, Canadá.

No aeroporto Toronto Pearson que, não chega a ser tão grande quanto os aeroportos que já visitamos (LAX e Hartsfield-Jackson), a imigração não foi tão pesada, só perguntaram qual era o propósito da viagem e nos liberaram. A chateação aqui foi que eles não carimbaram nosso passaporte :( ficamos sem carimbo de entrada para o Canadá. Para quem coleciona carimbos, é bem frustrante! Além de que ficamos preocupadas se isso não nos causaria problemas, mas não, até porque agora é tudo eletrônico.

Corredor que levava à imigração em Toronto e uma pessoa com muito frio! xD
Depois da retirada das malas, procuramos pela parte onde se localizavam os restaurantes, porque a fome já batia forte.
Verificamos que o aeroporto é sinalizado com informações em inglês e francês e tem totens com informações turísticas, o que, pra gente, foi novidade e é interessante para te ajudar a se familiarizar com a cidade.


Totem de informações turísticas no Toronto Pearson.
Espaço do aeroporto Toronto Pearson.
Uma das saídas do aeroporto Pearson: até aqui era quentinho, passava pra fora, era congelante.
Uma passada pelo Subway para comer, partimos para pedir um Uber. 
Hahahaha Essa foi uma das partes mais frustrantes da viagem. Primeiro, estávamos com duas malas grandes e pesadas mais mochila e bolsa (o que já foi burrada, porque levamos muita coisa que nem usamos, tudo porque não fazíamos ideia da temperatura que nos aguardava, total marinheiras de primeira viagem em países frios, mais bem frio mesmo!). 
Daí sabíamos da existência do trem que sai do Aeroporto e te leva para a cidade, já que o aeroporto fica em Mississauga, que está a mais ou menos 40 minutos de distância do centro de Toronto, de carro.
Daí beleza, pensamos: não dá pra ir de trem com esse peso e volume todos, não dá pra arriscar pagar uma fortuna de táxi, faremos o quê? Pedimos um Uber! 
Colegas! Esse Uber custou um de nossos rins kkkkkk
Foi o Uber mais caro que pagamos na vida!!! Pagamos CAD 79,26, e isso na cotação da época, deu mais de R$150,00. Absurdo!
Tudo bem que chegou um Chrysler 300 e o porta-malas era grande e comportou as malas perfeitamente.
Sugestão amiga: vá com pouca coisa pra poder usufruir do trem ou ônibus, ou sei lá, se vire como puder, mas não pegue táxi ou Uber. Não recomendamos.
Até que vendo pelo lado positivo: não carregamos nada, o motorista nos ajudou a embarcar e desembarcar as coisas e em 40 minutos estávamos na Church Street, no Toronto Hostel, onde nos hospedaríamos. 
Foi bom, mas não faríamos de novo kkkkkk

Bem, no próximo post começaremos a explorar Toronto. Prontos para passar frio com a gente?!  

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